Dificuldade para notificar prefeita Fabíola Alves altera cronograma da Comissão Processante
A Comissão Processante (CP) da Câmara Municipal de Votorantim, que investiga supostas irregularidades no aumento dos salários da prefeita Fabíola Alves (PSDB), do vice-prefeito Rodrigo Kriguer (PSD), e dos secretários municipais, precisou alterar o cronograma das oitivas das testemunhas da prefeita, anteriormente previstas para começar nesta terça-feira (1º), por não ter conseguido notificar a prefeita sobre os procedimentos.
O presidente da Comissão Processante, vereador Luciano Silva (Podemos) informou que a prefeita foi procurada entre os dias 28 de julho e 1º de agosto, por quatro vezes, em seu gabinete, para ser notificada, porém, não recebeu a notificação apresentando diferentes alegações: a de estar em agenda externa, ou de que estaria em uma reunião muito demorada.
“O interesse no andamento dos trabalhos da Comissão Processante é da própria prefeita, que arrolou as testemunhas. Além disso, o rápido esclarecimentos dos fatos é de interesse público. Não se justifica dificultar o trabalho da Comissão Processante”, disse Luciano Silva.
A assinatura de Fabíola Alves só foi obtida no final da tarde desta terça-feira (1º), por volta de 16h30.
Novo cronograma
A dificuldade em notificar a Prefeita e mesmo as suas testemunhas, tem atrasado o trabalho da Comissão Processante uma vez que as oitivas só podem ser realizadas 24 horas após a prefeita ser notificada. Assim, o cronograma das oitivas das testemunhas da prefeita precisou ser alterado e ficou assim:
Dia 8 - Gabriel Rangel (14h); Henrique Aust (14h45); Gustavo Portela Barata de Almeida (15h30); Julia Galvão Anderson (16h45).
Dia 11 – Marcio Roberto de Castilho Lema (9h); Guilherme dos Reis Gazzola (9h45); Péricles Gonçalves (10h30); João Leandro da Costa Filho (11h15).
Dia 15 – Jefferson Alves de Campos (14h); e Vitor Lippi (15h).
Repúdio
O presidente da Comissão Processante solicitou, ainda, durante a reunião desta terça-feira que fosse registrado em ata, o seu repúdio às declarações do prefeito do Itu, Guilherme dos Reis Gazzola – uma das testemunhas arrolada da prefeita – que em sua fala para um veículo de imprensa disse que o trabalho da Comissão é “populista”.
Luciano Silva considerou as afirmações “levianas” e que sugerem nenhum conhecimento sobre as atribuições de uma Câmara Municipal e lembrou que a Comissão Processante foi formada de forma legal e realiza seu dever de fiscalizar de forma transparente e ética.
Saída do vice
Sobre a liminar concedida ao vice-prefeito Rodrigo Kriguer, retirando seu nome dos processos de investigativos da Comissão, Luciano afirmou que a Câmara ainda não foi notificada sobre a decisão e por isso, só poderá colocar em discussão a situação com os demais membros de comissão após a notificação oficial.